Conjectura de Coase

A conjectura de Coase, assim chamada por ter sido desenvolvida pela primeira vez por Ronald Coase,[1] é uma ideia analítica da teoria do monopólio. A conjectura configura uma situação em que um monopolista vende um bem durável num mercado onde a revenda é impossível e se confronta com consumidores que têm diferentes avaliações do produto.

Segundo a conjectura, um monopolista que não conheça as avaliações individuais terá de vender o seu produto a um baixo preço se tentar segmentar os consumidores oferecendo preços diferentes em diferentes períodos. Isto verifica-se porque o monopólio está, com efeito, em concorrência de preço consigo próprio ao longo de vários períodos e o consumidor com a avaliação mais alta, se for suficientemente paciente, pode simplesmente esperar pelo menor preço. Assim, o monopolista terá de oferecer um preço competitivo no primeiro período que será baixo.

A conjectura verifica-se somente quando há um horizonte de tempo infinito, caso contrário uma ação possível para o monopolista seria anunciar um preço muito alto, até ao último momento do período, e depois vender a preço de monopólio estático no último período. O monopolista poderia evitar este problema se mantivesse uma estratégia linear e estável de preços ou adotar outras estratégias de venda.[2]

  1. Coase, Ronald (1972). "Durability and Monopoly", Journal of Law and Economics, vol. 15(1), pp. 143–49
  2. Orbach, Barak (2004), "The Durapolist Puzzle: Monopoly Power in Durable-Goods Market", http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=496175

© MMXXIII Rich X Search. We shall prevail. All rights reserved. Rich X Search